Nesse processo de revisão
de estratégias, investimentos e evolução do patrimônio, deparei-me com a
questão da rapidez com que isso acontece.
Rápido pra mim não seria
mais em 1 ou 2 anos, como pensava anteriormente. Lembrando que sou assalariado
e que comecei já velho. Atualmente estou considerando um horizonte de 10 anos,
pois gostaria de me aposentar antes. Hoje, resta 18 anos para adquirir direito
a aposentadoria.
Esses dias fiz um post com
uma planilha com meu histórico de acumulação até 2013, quanto passei a investir
em outras opções além da poupança. Durante seis anos, apenas no 4º ano, os
juros acumulados passaram a ganhar mais consistência. Claro, 0,5% ao ano demora
mesmo a aparecer.
Isso me levou à questão da
velocidade.
Considerando que essas
outras opções tem maior rentabilidade, em quanto tempo poderei dizer que sou
independente financeiro? O ideal seria o simbólico 1º milhão de reais, mas para
manter o meu padrão atual, mantendo a capacidade de investir, bastariam “apenas”
R$ 600.000,00. Detalhe: meu padrão de vida atual é muito baixo.
Grande parte de meu capital
está em renda fixa e tesouro direto. Ok. Nesse patamar de juros, se se mantiver
assim, por vota dos 13,5%, em 10 anos, mais do que dobro o meu patrimônio, sem
considerar é claro o efeito da inflação.
Tenho aproximadamente 38%
do capital acumulado em ações. Teoricamente, são as que tem maior potencial de
valorização.
Como chegar ao seu primeiro
milhão?
Fiz um exemplo considerando
um capital com aportes estimados de 5% do total anual, e
que o gestor pudesse realizar trades de ações e FIIs mantendo-se sempre as
mesmas proporções. Não estão considerados os efeitos da inflação.
Em um cálculo rápido com a
velha e poderosa fórmula dos juros compostos (M = C * (1 + i)^t) , em uma
hipotética carteira de investimentos de R$ 60.000,00, com taxas e rentabilidade anual estimadas
conforme quadro abaixo, teríamos:
Uma variação de 354%.
Quanto à renda fixa e FIIs,
pode-se fazer estimativas mais sensatas e até conservadoras. Mas não simplistas
como fiz aqui. Apenas “acredito” que são razoáveis considerando o noticiário econômico
e a rentabilidade que tenho acompanhado em meus FIIs.
Mas com relação à renda variável,
é praticamente impossível afirmar que em 1 ano, a rentabilidade será x ou y %.
No meu caso e particular,
mudei algumas vezes de estratégias. Tive papéis que se valorizaram 30% em um
dia (LUPA3), outros em um mês (BBAS3), e outros que por descontrole emocional,
realizei alto prejuízo. CMIG foi só alegria em relação aos dividendos, o que
não se manterá em 2015. CIELO é um fenômeno, e se tivesse capacidade de fazer
essa predição, teria alocado tudo nesse papel, que sempre foi considerado
“caro”.
Ou quem sabe, sorte como
essa:
Já li em alguns textos, que
o mestre dos investimentos, Warren Buffet, realiza em média 24% ao ano, o que
faria pensar que um sardinha tupiniquim conseguiria uma rentabilidade anual
dessa envergadura?
Mas no mundo das idéias,
considerando uma alocação e rentabilidade como o quadro abaixo, com aportes de 7% anuais sobre o valor do patrimônio, teríamos um
ganho de apenas 255%. Mesmo assim, ainda longe do capital desejado.
Veja que aumentando-se
consideravelmente o percentual em Ações e valorizando um pouco mais a taxa de
rentabilidade dos FIIs.
A conclusão é que se é
preciso aprender a predizer a valorização das ações. Aí sim, valeria a pena
arriscar aportar mais em ações.
Porém, sendo renda
variável, deve-se pensar que também varia para baixo, é um risco. Da mesma
forma que a inflação tende a comer a rentabilidade da renda fixa. Nesse caso,
valeira a pena estudar métodos de análise, predição e valorização de
empresas.
São cálculos muito
simplistas, de quem não detém o mínimo de conhecimento de matemática
financeira, mas que dão sim uma boa ideia da possibilidade de evolução
patrimonial.
Não posso desanimar, mas encontrar
meios de potencializar essa rentabilidade sem contudo fazer loucuras.