segunda-feira, 27 de julho de 2015

Corrida dos ratos

Liberdade financeira poderá possibilitar-nos a escolha do Trabalho por prazer e sentido.
Aqui entro em um campo que tenho pouco domínio, mas atrevo-me a escrever algo como exercício de autorreflexão.
Creio que por ter chegado aos 40, hoje fala-se popularmente em andropausa, à idade da crise de Sísifo, bate-me uma profunda insatisfação com a vida.
Muitas vezes vêm à memória os esforços empreendidos durante a vida, mas que em nada resultaram.
Em 2013, talvez como uma última tentativa de empreendimento adequado às minhas características pessoais, venho trabalhando em educação financeira, inspirado em vários depoimentos de investidores que trabalharam na acumulação de patrimônio e sua rentabilização com a adequada gestão de risco.
Até aqui, 2015, tem valido a pena, considerando meus aportes de assalariado, e algumas perdas homéricas na tentativa de dar a grande tacada. Incrivelmente não desisti.
Tirei o pé, olhei outras alternativas de investimento, e estou seguindo.
Tudo para sair de um outro símbolo mais moderno: a corrida dos ratos.
Quantas vezes, indo trabalhar, um dia sensacional, e eu, bem como muitos, trancados em quatro paredes, junto a pessoas que toleramos para podermos encerrar o ano bem em enfadonhas festas natalinas.
Invejo quem realmente gosta deste trabalho, das pessoas com quem convive e das festas de final de ano. Conta-se nos dedos de uma mão essas pessoas.
A realização depende muito, é claro, das expectativas e desejos de cada um.
Já li relato de pessoas muito bem empregadas, ganhando na casa dos 10.000,00 que detestam o seu trabalho, enquanto outros, um carteiro por exemplo,  que ganha lá seus 1.500,00 + vale alimentação, sente-se realizado na conclusão de seu trabalho que enxerga como missão. Mesmo assim, podem dizer que esse último é um iludido ou conformado com a situação e resignou-se à corrida dos ratos. Não sei. Mas todos temos de maneira inata em perceber o quanto cada pessoa está integrada e coerente ao estilo de vida que leva.
Se não fosse isso, ricos não se suicidariam.
Pretendo buscar independência financeira, estou buscando, mas, que tenha um sentido de trazer qualidade de vida. Receio estar perdendo esse aspecto. Paro. Reflito. Tiro o pé. Deixo os juros compostos trabalharem, reduzo a carteira de renda variável e revejo o sentido.
Vamos seguindo.
A riqueza e a liberdade estão na nossa cabeça, é fato, e há muitos estudos demonstrando isso.

Sucesso a todos e bons investimentos. 

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